Alterações inflamatórias envolvidas na Fisiopatologia da Depressão: revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.59237/conexsaudefib.v6i.544Palabras clave:
Transtorno depressivo maior; inflamação; Neurobiologia.Resumen
O transtorno depressivo maior (TDM), mais conhecido como depressão, é uma doença mental multifatorial complexa, com envolvimento de diversos sistemas biológicos, que afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo todo. Os estudos para compreender a neurobiologia e fisiopatologia da depressão são realizados a várias décadas. O presente estudo tem como objetivo descrever a hipótese da inflamação e seu envolvimento na fisiopatologia do TDM. Se trata de uma revisão de literatura, a partir de artigos científicos do banco de dados Pubmed dentre 2000 a 2022. A hipótese da monoamina é citada mundialmente como causadora da depressão, por causar um ‘’desequilíbrio químico’’, porém as evidências atuais são desfavoráveis contra a manutenção da hipótese como causadora da depressão. O eixo HPA e a inflamação tem sido hipóteses bem aceitas na sociedade científica. A inflamação propriamente dita, apresenta um apoio grande por parte dos estudos, como os de neuroimagem e estudos em cérebros post mortem com ativação microglial, pois, observou-se elevados níveis de marcadores inflamatórios, como IL-1β, IL,2, IL-6 e TNF-α, em pacientes com depressão, que poderia levar a lesão neuronal. As evidências atuais apoiam a hipótese da inflamação na depressão, porém mais estudos são necessários para confirmar se os processos inflamatórios alteram estruturalmente e funcionalmente o SNC em pacientes com TDM.